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Na pequena Caieiras, arte urbana pode ganhar status de política pública

  • Foto do escritor: carolina11751
    carolina11751
  • 28 de mar. de 2019
  • 2 min de leitura

Cidade na região metropolitana de São Paulo discutirá projeto que propõe estimular o turismo social e a educação por meio do graffiti e da arte de rua.



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"São Paulo – Dois anos depois do ex-prefeito João Doria iniciar o seu mandato na capital Paulista apagando grafites de uma famosa avenida da cidade, o município de Caieiras, na região metropolitana de São Paulo, pode dar o exemplo inverso. Nesta quarta-feira (27) será votado um projeto de lei, de autoria do vereador Fabrício Calandrini (PMDB), que visa incentivar e regularizar o uso do espaço público pela arte urbana. Em 2018, a cidade foi sede de um Festival Internacional de grafite.


Segundo o parlamentar, a ideia é dar legitimidade a um movimento de "bastante expressão social". O projeto propõe incluir o grafite e outras formas de arte urbana no calendário oficial de eventos de Caieiras, além de regulamentar a utilização de muros, viadutos e equipamentos públicos para a expressão da arte urbana de interesse artístico-social.


"Além da liberação de murais e equipamentos públicos para a expressão de artes visuais, o poder público tem como objetivo orientar, fomentar e fazer acompanhamento urbanístico, ambiental e social da cidade que também irão contribuir com o desenvolvimento turístico e social. É de grande importância o poder público promover a mudança da realidade visual da cidade, das pessoas que frequentam e das que aqui vivem, gerando medidas de sensibilização e conscientização, estimulando ações educativas através de oficinas e das expressões artísticas nos murais", explica o vereador Fabrício Calandrini. "Acredito na cultura e na promoção dos artistas dentro da arte urbana como transformadores, tanto de pessoas como de apropriação de espaços públicos."


No Brasil, os ventos atualmente são favoráveis. Seguindo um movimento que acontece em outros países e cidades, como o de Miami e o que consagrou o famoso grafiteiro inglês Banks, artistas brasileiros passaram a obter, nos últimos anos, fama e reconhecimento por seus grafites. Nomes como os dos irmãos Os Gêmeos e Cobra, apenas para citar dois, hoje rodam o mundo para deixar seus desenhos em locais públicos ou privados. Das ruas, o grafite também chegou nas galerias de arte dos Estados Unidos e da Europa, e no Brasil segue a mesma tendência. Para Bonga Mac, a arte urbana conquistou esse espaço.


"O grafite é um processo efêmero. Apoiando ou não, legal ou ilegal, ele continua sendo feito. Hoje há uma super expansão dele pelo processo natural e maturidade dos artistas", pondera. Sem pestanejar, Bonga diz que o Brasil se tornou "uma meca" da arte de rua, embora isto não signifique ausência de questionamentos.

Antes tinham pessoas perseguidas, obras apagadas e isso vai continuar acontecendo. Há entendimentos diferentes do que é bonito. A arte não nasceu para ser agradável, ela está ali para se expressar.

A gente conquistou esse espaço, nada foi ganho, foi mostrado profissionalmente e isso ganhou respeito, não veio de graça", afirma Bonga Mac.



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