DOME. Uma loja portuguesa onde o design está de consciência tranquila
- carolina11751
- 7 de mar. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 31 de mar. de 2019
A plataforma é portuguesa, mas as peças vêm dos quatro cantos do mundo. A DOME é uma loja online dedicada a design com impacto social.
"Mas afinal, que impacto social é este na base da plataforma portuguesa. A equipa dividiu aquilo que entende ser a consciência de um pequeno negócio em três áreas: ambiental, social e cultural. Para garantir que todas as marcas cumprem certos critérios foram feitos questionários, entrevistas e cruzadas informações com outras plataformas internacionais. “Arriscámos criar critérios. Do lado ambiental, as formas de medição já estão todas muito definidas. Por não termos encontrado selos de impacto social, nós próprios desenvolvemos estes selos. A DOME é também uma plataforma de sensibilização e de mobilização”, esclarece Nuno."
"No final, as marcas que passaram pelo crivo viram as suas peças classificadas com selos. São dez, estão bem visíveis no site e é mesmo possível fazer compras filtrado os produtos segundo estas categorias. Para estarem na DOME, é preciso merecer pelo menos quatro destes selos. Vão do “Comércio Justo” e do “Produto Inclusivo” ao “Vegan” e à “Emancipação das Mulheres”. Neste último, encontramos as peças da WomenCraft, uma marca que conta com a produção de dezenas de artesãs que vivem em aldeias da Tanzânia e do Burundi. O projeto chegou à zona em 2007, na altura como parceiro de Implementação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados para ajudar a dar resposta à falta de oportunidades na criação de rendimentos, num território afetado pela guerra. Hoje, o cenário é mais feliz. Neste dez anos, estima-se que os artesãos e artesãs englobados pelo projeto já tenham lucrado mais de 100 000 dólares com a venda dos objetos que produzem. Além da história, os pratos e taças tecidos no coração do continente africano têm estado a conquistar pela sua estética. “Em vez de comprarem por pena, queremos que comprem porque as coisas são bonitas”, salienta Rita Cortes."

"O projeto não quer ficar apenas no digital. Embora o site esteja preparado para enviar para toda a Europa, é bem possível que, mais tarde ou mais cedo, possamos encontrar estas peças ao vivo num ponto de venda físico em Portugal. No que toca a contas, estamos perante um investimento que ultrapassou os 40 000€, com o apoio do Portugal 2020 a cobrir 40% do valor. Além de continuar à procura de novas marcas e artesãos, a equipa já faz planos para a criação de uma marca própria, mas essa parte ainda pode esperar."
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